A coleção de Primavera 2022 da Balmain marcou os dez anos de Olivier Rousteing à frente da marca.
Em 2011, com apenas 24 anos, Olivier Rousteing se tornou o diretor criativo da Balmain, o primeiro negro a liderar uma casa francesa histórica. Ele ficou responsável por explorar os fundamentos e DNA da marca para o público da era da internet.
Rousteing criou várias coleções ao longo desses 10 anos na Balmain, incluindo roupas femininas e masculinas, coleções Resort, Pre-Fall, além de alta-costura, e resolveu mostrar alguns de seus maiores sucessos ao lado de peças inéditas. “Quando eu estava projetando algumas das primeiras, como um ocasionalmente sobrecarregado de vinte e poucos anos, definitivamente teria rido se alguém tivesse me dito que um dia eu mostraria esses looks como parte da minha retrospectiva. Mas, neste momento, posso ver que são marcos da jornada que me trouxe até onde estamos agora, em 2021”, escreveu o designer nas notas do programa.
6000 expectadores, não só pessoas da moda, assistiram ao desfile histórico. Foi como um festival de música.
O show se iniciou com uma gravação da Beyoncé, dizendo que “seus designs me fizeram sentir tão poderosa”. Ela ainda contou como eles se conheceram nos bastidores de um desfile em 2013. “Mostramos ao mundo o que é possível quando dois perfeccionistas se encontram. Estamos todos ansiosos pelos próximos 10 anos”, declarou.
A cartela de cores era básica com vermelho, marrom, dourado, além de preto e branco.
Havia vestidos de tricô justos e muitas treliças abertas, calças de cintura baixa, sobretudos acolchoados e uma alfaiataria sensual e mais relaxada com blazers com ombros afiados foram transformados em corpetes. Camisas e suéteres listrados escorregavam dos ombros e as mangas dos blazers e jaquetas caíam.
Os elos de corrente vieram superdimensionadas como tops, como bolsas acolchoadas, top sem mangas ou tecidas em saia lápis, casacos e vestidos.
Os vestidos tipo curativo fizeram parte da realidade de Rousteing, revelando notas do programa que há um ano sofreu queimaduras em um acidente, necessitando ser internado, com meses de fisioterapia.”Ao abraçar a dor anterior e celebrar o poder de cura, de alguma forma, fui capaz de traduzi-los em belos componentes de meus projetos”, disse.
Foi bom ver modelos de tamanhos diferentes na passarela. “Acho que isso mostra que a indústria da moda às vezes é tarde demais para entender que este é o novo mundo. E que é lindo mostrar a realidade e a diferença, e deixar o padrão que fomos educados para entender que é a moda”, declarou o estilista.
Ao final do desfile, modelos desfilaram uma coleção cápsula baseada no arquivo do estilista com peças de treliças em tons metálicos, aberta por Naomi Campbell e encerrada por Carla Bruni.
“Nos próximos dez anos, prometo continuar a lutar por mais inclusão, mais democracia e mais abertura. Chegamos à próxima década, compartilhando nossa mistura de assinatura cheia de alegria de moda e música com mais e mais pessoas que desejam entrar no universo Balmain.”
Confira a seleção de looks:
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