No último domingo aconteceu o Oscar 2023, o evento mais importante da indústria do cinema e um dos tapetes vermelhos mais aguardados do ano.
Para os looks do tapete vermelho do Oscar 2023, a maioria das famosas optou por looks brancos, pretos ou vermelhos, sem muitas variações de cores nem brilho.
“Embora houvesse toques de nostalgia, o glamour da velha Hollywood, a palavra que sempre vinha à minha mente além da elegância moderna era ‘arquitetural’. As faixas dos vestidos e as silhuetas do corpo foram bem representadas pelo preto e pelo branco”, disse Leatrice Eiseman, diretora executiva do Pantone Color Institute, à WWD.
“Preto e branco são literalmente presenças. Essa presença do preto e branco realmente confirmou a ideia dos designs que eles estavam tentando transmitir”, comentou Eiseman.
“Fala sobre arquitetura. Você pode apenas ver o efeito de brilho em um edifício. Foi tão expressivo da arquitetura”, comentou Eiseman sobre o vestido preto de Jennifer Connelly.
Para citar alguns vestidos brancos, tivemos Sofia Carson de Giambattista Valli, Mindy Kaling de Vera Wang, Ariana DeBose de Versace e a vencedora do Oscar de Melhor Atriz Michelle Yeoh, que usou um Dior.
A diretora executiva do Pantone Color Institute falou que a preponderância de preto e branco fez com que os poucos vestidos de cores vibrantes se destacassem ainda mais como o vestido roxo Moschino de Angela Bassett e o vermelho Elie Saab de Cara Delevingne, próximo à cor do ano de 2023.
Outro look que chamou a atenção foi o da figurinista, Ruth E. Carter, que se tornou a primeira mulher negra a ganhar dois Oscars, que usou um vestido amarelo Valentino com sapatos e forro fúcsia.
Os looks do Oscar 2023 definitivamente refletiu o que acabamos de ver nas Semanas de Moda Internacionais, que tiveram o minimalismo como uma das maiores tendências.
“Você definitivamente viu alguns pontos de cores brilhantes. Os vermelhos são sempre um destaque. Havia amarelos, rosas do mais claro ao mais brilhante. Dwayne Johnson fazendo uma declaração em rosa dos ótimo. Havia também um pouco de fúcsia, azul e laranja”, completou Eiseman.
“Esse uso de preto e branco reflete como nosso mundo é tão preto e branco hoje. Está cheio de tantas contradições. Do ponto de vista sociológico, ter esse contraste extremo do preto e branco com essas cores é uma afirmação geral. Sim, o mundo parece muito dividido e temos pontos de vista como opostos. Mas, ao mesmo tempo, temos a esperança do amarelo – como o que Ruth Carter usava – alguns rosas e vermelhos vibrantes. Há alguma razão para olhar para a moda para entender que sempre há algo além. Nem tudo é preto e branco”, concluiu.
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